Yamas no Yoga.

    Patañjali sintetiza o Yoga em 8 Angas, pois pressupõe que o estudante já tenha entendimento prévio acerca da Gita e dos Purusharthas. Os Angas não são etapas ou passos como muito é dito. São meios que, juntos, têm o objetivo de auxiliar a eliminação dos obstáculos mentais. Deste modo, as pessoas passam a ter uma mente focada, clara e objetiva, capaz de discernir e estudar mais profundamente acerca do EU.

    Então, estes 8 Angas nada mais são do que disciplinas a serem praticadas diariamente. Como todo ser humano nasce com a tendência a se proteger, acabam por desenvolver impulsos inerentes à sobrevivência e é neste lugar onde surgem os Yamas: o controle de tendências naturais.

    São eles:

    1. Ahiṁsā

    Ahimsā, a não-violência, entende-se como não matar, não agredir, nem causar nenhum tipo de dor a nenhum ser vivo, inclusive a si mesmo. Observa-se que existem inúmeras formas de violência, estas que vão desde as mais sutis à mais densas/perceptíveis. Obviamente que o ser humano toma consciência primeiro do mais denso e aos poucos, com estudos e dedicação, vai refinando o entendimento.

    2. Satya

    Satya, a verdade, consiste em fazer coincidir pensamentos, palavras e atos, o que deve entender-se como evitar a falsidade em todas suas formas, tanto nas relações do yogin com as pessoas quanto dele consigo próprio.

    Vyāsa esclarece: “A palavra pronunciada com o propósito de comunicar o próprio pensamento a outrem é verdadeira, desde que não engane ou confunda.

    3. Asteya

    Significa não roubar, não cobiçar ou invejar bens ou conquistas de outrem.

    Vyāsa ensina: “Steya significa pegar incorretamente coisas pertencentes a outrem. Asteya é abstenção dessas tendências, mesmo que em pensamento.”

    4. Brahmacarya

    É o compromisso com o estudo do absoluto Brahman e com uma vida que esteja de acordo com isso. 

    5. Aparigraha

   Não possessividade, traduz-se em generosidade e desapego em relação não apenas aos bens materiais, mas também às relações afetivas. O apego nos tira da sintonia necessária para praticar.

    Vyāsa esclarece: “Aparigrāha significa desistir de cobiçar, considerando que a cobiça e o acúmulo causam problemas, que as coisas estão sujeitas à decadência e que a associação com elas causa desconfiança e rancor”.

Namastê!!